A CHEGADA DOS LUNDGREN

Os Lundgren fazem parte da história de Paulista, mas poucas pessoas sabem quem foram, de onde vieram, e qual a sua importância para esta cidade. O patriarca da família chama-se Hermann Theodor Lundgren, era natural da Suécia e veio para o Brasil em 1855, quando tinha apenas vinte anos. Ele instalou-se primeiro no Rio de Janeiro, posteriormente foi para a Bahia. Alguns anos depois, transferiu-se para o Recife, onde montou um escritório de corretor de navios, na Praça da Lingüeta, no cais do porto. Em 1861 fundou a primeira fábrica de pólvora de iniciativa particular em Ponte de Carvalho, num lugar denominado "Pontezinha", pertencente ao município do Cabo. Era a conhecida pólvora marca "Elefante".


Hermann Theodor casou em 1876 com Anna Elizabeth, de origem dinamarquesa, com quem teve seis filhos: Hermann Júnior, Frederico, Guilherme, Alberto, Arthur e Ana Louise. Aos 35 anos de idade, Hermann naturalizou-se brasileiro. Ainda na época do Império, ele apoiou o movimento abolicionista, que defendia o fim do regime escravo no Brasil, aliando-se a Joaquim Nabuco e a José Mariano pela causa abolicionista.


Em 1904, Hermann mostrou-se interessado em adquirir uma pequena e falida fábrica, chamada "Fábrica de Tecidos Paulista" que pertencia aos Rodrigues Lima. Era o começo de um poderoso império têxtil que iria mudar os rumos econômicos da cidade. Os filhos mais velhos (Frederico, Alberto e Arthur) tomaram parte nesta iniciativa, ajudando Hermann a administrar a fábrica. Hermann Theodor Lundgren faleceu em fevereiro de 1907, aos 72 anos de idade, deixando para a cidade uma herança de progresso e desenvolvimento industrial.